É um desconhecido
de longa data, aquele soberbo barco branco, deserto e quedo, ancorado sozinho no
cais!
Quem vigia, detrás daquelas janelas enfileiradas, quando o baarco assim anui - sisudo, mudo - balouçando na água?...
Quem vigia, detrás daquelas janelas enfileiradas, quando o baarco assim anui - sisudo, mudo - balouçando na água?...
É pródiga a
paisagem, mas é suspeita a quietude do rio espelhado que reflecte aquele estranho espectro contra o leito de colinas, lavradas de vinhas douradas...
Desconfio sempre que tumultos incógnitos revolvem as profundezas turvas de águas lentas e lisas!
Desconfio sempre que tumultos incógnitos revolvem as profundezas turvas de águas lentas e lisas!
De onde surge,
para onde se aparta e viaja o navio vazio? Quem governa este barco silencioso, sem
nome e sem passageiros, sem horário, sem destino, ora presente, ora ausente, que ninguém vê
arribar, nem sair?...