- Bom Natal, só?!...
Isso até soa mal, não quer dizer quase nada... É
átono, cansado, acanhado, apático, receoso!
- É que feliz, já
não se diz... e abençoado, nem se fala! Até há quem ache piroso, para poetas; é para cartões de boas festas. Isso de altos valores e palavras pródigas, já
era!
- Que hei-de eu
dizer? Agora usa-se mais o seráfico santo
Natal...
Bom Natal, realmente, não tem mal... é decente, passa despercebido. É, tal qual bom dia, uma mera formalidade fugidia.
Mas cá a mim, aborrece-me, faz sono, é como um satisfaz num ponto, pronto!
Bom Natal, realmente, não tem mal... é decente, passa despercebido. É, tal qual bom dia, uma mera formalidade fugidia.
Mas cá a mim, aborrece-me, faz sono, é como um satisfaz num ponto, pronto!
- Bem, nos dias
que correm, se o Natal for bom, já não é nada mau... até já é um pau! Desejar feliz
Natal, é descabido, exagerado.... é de perguntar, se não se faz nada por
menos!
- Pois eu acho
que, ficar-se por bom Natal, é parco e triste! Mais vale estar calado... É mania desta língua em que até o
Natal, padece de mediania. Bom Natal é simples
inércia, apatia mental, preguiça verbal. Quem fala assim, não pesa o que diz, é
quase gago, apenas balbucia palavras sem peso, vazias!...
Tão frouxo acho o bom
Natal que não chega cá nada, é uma frase sem eco, sem reverberação.
Votos são outra coisa! Votos, dignos
desse nome, não têm papas na língua; vêm do âmago, da volição, são autêntica convicção.Votos autênticos, são
um manifesto da alma, são generosamente desbocados, magnânimos, desembuchados!
Eu cá, não faço
nada por menos: o Natal há-de ser abençoado, inequivocamente feliz...
A todos, feliz
Natal!